Diabetes – Porque monitorar a glicemia?

Hoje resolvi continuar nossa conversa sobre diabetes de uma maneira mais informal. Falando sobre o porquê, afinal de contas, estar com o açúcar (glicose) alto no sangue pode acarretar tantos problemas.

Partiremos de uma premissa que tudo no corpo humano depende de um EQUILÍBRIO. Esta palavra, aliás, resume bem a endocrinologia, e por que não dizer a própria vida. Afinal, sem equilíbrio nada pode dar certo. Mas voltando à diabetes, o que acontece é que os altos níveis de açúcar no sangue funcionam como uma substância “tóxica” em nosso corpo, irritando principalmente os vasos sanguíneos que nutrem nossos órgãos, e por conseguinte, causando lesões irreversíveis, podendo ao longo do tempo, resultar na falência dos órgãos.

Mas onde este açúcar deveria estar? Aprendemos que açúcar é energia, certo ?  Esta energia deveria ir para dentro das nossas células que funcionam como pequenos “cofres” onde depositamos a  glicose que posteriormente será consumida dentro da célula. As células unidas formam todos os nossos órgãos, ou seja, todo o nosso corpo. Na diabetes esta glicose não consegue alcançar o seu destino final, porque está faltando uma “chave” que abra o cofre.

Esta chave é a insulina que pode estar ausente ( diabetes tipo 1) ou funcionando inadequadamente ( diabetes tipo 2) , e portanto, o açúcar se acumula fora dos cofres (células). No estágio inicial da doença, ou seja quando os níveis de açucar não são tão elevados,  os  pacientes diabéticos sentem  muito cansaço e indisposição. Já quando os níveis de glicose se tornan bastante altos, os sintomas são geralmente o excesso de sede, excesso de fome, aumento da frequência urinária, emagrecimento, dificuldade na cicatrização de feridas.  Daí a importância da realização de exames periódicos dos níveis de açucar no sangue, principalmente se você tem história familiar da doença, está acima do peso e  tem andado longe dos exercícios físicos e de uma alimentação balanceada.